O último levantamento feito pela Central de Cumprimento de Sentença Cível-Centrase de Belo Horizonte, no período de 19/03/20 a 30/04/20 (26 dias úteis), revelou um aumento percentual ainda maior dos valores pagos, em relação aos primeiros cinco dias úteis do Plantão Extraordinário.

Os valores pagos por meio da expedição de alvarás eletrônicos de valores incontroversos, atingiram a soma de R$ 9.244.275,64, representando um aumento de 33,54%, em comparação com R$ 6.922.419,27 liberados no mesmo período anterior de dias úteis (de 7/02 a 18/03/2020) antes do plantão extraordinário.

O juiz titular da Centrase, Daniel Cesar Boaventura, explicou que, para permitir uma fiel comparação entre os períodos, ainda ficou de fora dessa contabilidade um alvará de uma ação envolvendo duas empresas, com valor excepcional R$ 4.585.856,85.

Ao todo, foi de R$ 13.830.132,49 o real montante de recursos liberados pela Centrase no período de isolamento social.

 

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No primeiro período analisado pela Centrase, de 19/03, quando foi designado o plantão extraordinário, até 25/03, a central já havia registrado um aumento de 10% a mais de valores liberados à população, comparado com igual período anterior. A média de sentenças, decisões e despachos, foi de 105 por dia útil.

Já no último período, de 26/03 a 4/05 foram ao todo 2.720 sentenças, decisões e despachos, com média de 123,63 por dia útil.

No período total da quarentena, de 19/03 a 04/05/20, portanto, foram ao todo 3.248 sentenças, decisões e despachos, com média de 120,29 por dia útil.

Flexibilização

O juiz Daniel César Boaventura analisa que a média diária de produtividade aumentou em relação ao início da quarentena. “O que fizemos foi flexibilizar os horários de trabalho, não atrelando-os aos que correspondiam ao dia a dia forense, nem mesmo exigindo que fosse dedicado período ininterrupto do dia para o trabalho.

A exceção quanto à liberdade com o  horário, explica, é em relação ao próprio juiz e sua assessoria, no que diz respeito ao gabinete, e da gestora e servidores elencados para o atendimento ao público.

Ele avalia que a equipe passou a conseguir conciliar melhor as necessidades do trabalho com a vida pessoal, filhos, parentes com necessidades, serviços domésticos e infraestrutura doméstica inferior à do trabalho, por exemplo, com computador insuficiente para atender à demanda familiar.

“Há quem opte por trabalhar no início da manhã, continuando ao fim da tarde, outros iniciam à noite e adentram madrugada, até mesmo em finais de semana e feriados há quem produza”, revela o juiz, satisfeito com o resultado alcançado pela equipe.

Fonte: TJMG