Bolsonaro

Oficiais-generais influentes avaliaram que o presidente Jair Bolsonaro tentou fazer uso político do capital das Forças Armadas. Ao afirmar, em ato nesse domingo (3), que a caserna estava com o governo, ele partiu para “pressões” e “ameaças dissuasórias” que provocaram novo incômodo no setor. Em conversas com o jornal o Estado de São Paulo,  interlocutores do presidente deixaram claro que a Aeronáutica, o Exército e a Marinha estão “sempre” na defesa da independência dos poderes e da Constituição. “Ninguém apoia aventura nenhuma, pode desmontar essa tese. Estamos no século 21”, resumiu uma das fontes, que ainda destacou a "retórica explosiva" do presidente que permite interpretações. Na declaração a apoiadores que provocou reações, Bolsonaro disse que “chegamos ao “limite”. Os militares ouvidos pelo jornal disseram que ele se expressa mal e acaba colocando em risco sua postura de defensor da Carta. A frase do presidente, reclamaram, voltou a colocá-los em uma “saia justa”. Eles reafirmaram que não vão se meter em questões políticas. “É uma declaração infeliz de quem não conhece as Forças Armadas”, reagiu de forma mais dura um deles. “O problema é que deixa ilações no ar. Afinal, não há caminho fora da Constituição.” (Agência Estado) 

Bolsonaro I

As novas investidas do presidente contra o Judiciário, o Congresso e a imprensa ocorreram, segundo essas fontes, um dia depois de um encontro dele com ministros e comandante militares. Nessa reunião ocorrida no Palácio da Alvorada, sábado (2, ) Bolsonaro e sua equipe discutiram a situação do país, a saída de Sergio Moro da pasta de Justiça e Segurança Pública, as consequências de uma crise política arrastada nesta pandemia do novo coronavírus e a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para comandar a Polícia Federal. A suposta interferência de Moraes num ato do Executivo foi criticada pelos participantes do encontro, que demonstraram preocupação com a influência desse posicionamento em instâncias inferiores do Judiciário para barrar indicações em outros órgãos federais e mesmo estaduais. Os ministros e comandantes militares teriam saído do encontro do Alvorada certos de uma “pacificação” por parte de Bolsonaro. Mas, na avaliação das fontes, ele voltou a ser “envenenado”, na manhã de domingo (3), por pessoas próximas e grupos de WhatsApp. Por tradição e hierarquia, os militares não devem fazer manifestações públicas sobre a fala do presidente. (Agência Estado)

Exame

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso acredita que caso o presidente Jair Bolsonaro descumpra qualquer decisão judicial Bolsonaro poderia ser considerado culpado pelos “crimes comum de desobediência e de responsabilidade, passível de impeachment”. Em entrevista à Globo News, Barroso disse que, por se tratar de um caso em andamento, que não iria comentar sobre a decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargador Mairan Maia, que negou nesse sábado (2) um segundo recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a divulgação dos exames feitos por Jair Bolsonaro para verificar se foi contaminado ou não pelo novo coronavírus. "Se fosse um cidadão comum, eu diria que (o respeito à) privacidade deve prevalecer. Sendo um presidente da República, é preciso ponderar um menor grau de privacidade que um funcionário público dessa estatura desfruta”, afirmou Barroso. A Presidência da República se recusou a fornecer os dados ao Estadão via Lei de Acesso à Informação, argumentando que eles "dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, protegidas com restrição de acesso". Procurada pela reportagem, a AGU informou que o entendimento do presidente do tribunal "não altera a decisão que desobrigou a União de fornecer os laudos ainda neste sábado (02/05) e estabeleceu prazo de 5 dias para que o relator da ação no TRF-3 analise o caso". (Agência Estado)

Covid-19

O Brasil registrou 4.588 infecções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde deste domingo. Com isso, o país ultrapassa a faixa de 100 mil casos confirmados - são 101.147 no total. O número de óbitos passou de 6.750 para 7.025, com o acréscimo dos 275 novos casos registrados de sábado para este domingo. A taxa de letalidade é de 6,4%. O número de pessoas recuperadas da covid-19 é de 42.991. A região Sudeste registra 48.115 (47,6% dos casos) pacientes com a doença. Em seguida, aparecem as regiões Nordeste (30.022 - 29,7%), Norte (14.376 - 14,2%), Sul (5.526 - 5,5%) e Centro-Oeste (3.108 - 3,1%). (Agência Estado)

Covid-19 I

O número de casos de covid-19 em Minas subiu de 2.023 para 2.118 (aumento de 95) em relação ao dia anterior, e o de mortes aumentou para 89, conforme balanço divulgado na manhã deste domingo pela Secretaria de Estado de Saúde. Há outras 89 mortes em investigação. O Governo de Minas não divulga o número de pessoas recuperadas da doença. Os dados não se referem exatamente a infecções ou óbitos ocorridos nas últimas 24 horas, mas aos que foram constatadas pelo Governo de Minas neste período e que podem ter acontecido anteriormente. Belo Horizonte é a cidade com maior número de óbitos no estado, com 20; seguida por Uberlândia, com oito; Juiz de Fora, com seis; Uberaba, com quatro; Contagem e Governadores Valadares, com três; e Paraisópolis, Pouso Alegre e Poços de Caldas, com dois. (Agência Estado)

Câmara 

A Câmara dos Deputados deve votar nesta segunda-feira (4), em sessão virtual marcada para as 11h, a proposta de auxílio financeiro a estados e municípios para combate aos efeitos da pandemia da covid-19. Ao todo, serão destinados R$ 125 bilhões, incluindo repasses diretos e suspensão de dívidas. O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020) foi aprovado na noite de sábado (2) pelo Senado, na forma de um substitutivo apresentado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Por ser um texto diferente do aprovado pelos deputados, a matéria retorna para nova análise. Se aprovada sem alterações, a primeira parcela do pagamento do auxílio emergencial aos estados, municípios e ao Distrito Federal está prevista para 15 de maio. Pela proposta, serão repassados R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais. Desse total, R$ 50 bilhões serão para uso livre (R$ 30 bilhões vão para os estados e R$ 20 bilhões para os municípios). Como não participa do rateio dos municípios, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, também em quatro parcelas. Os outros R$ 10 bilhões terão que ser investidos exclusivamente em ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para os estados e R$ 3 bilhões para os municípios). (Agência Brasil)

Papa Francisco

O papa Francisco pediu que a comunidade científica internacional coopere para descobrir uma vacina contra o coronavírus e disse que qualquer vacina bem-sucedida deve ser disponibilizada em todo o mundo. Francisco, que fez seu pronunciamento de domingo na biblioteca papal, em vez da Praça São Pedro, devido ao lockdown na Itália, agradeceu a todos que estão prestando serviços essenciais no mundo inteiro. Ele incentivou a cooperação internacional para lidar com a crise e combater o vírus, que já infectou quase 3,5 milhões de pessoas e matou mais de 240 mil no mundo. “Na verdade, é importante unir as habilidades científicas, de forma transparente e imparcial, para encontrar vacinas e tratamentos”, disse. Francisco destacou a importância de“garantir acesso universal a tecnologias essenciais, que permitam que cada pessoa infectada, em cada parte do mundo, receba o tratamento médico necessário”. *Agência britânica de notícias. (Agência Brasil)