Manifestações

Manifestações, greve e chuva travam a Grande BH nesta sexta-feira (29). Os protestos fazem parte da mobilização nacional contra o projeto de lei 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde às 0h desta o metrô está completamente fechado. Os metroviários desrespeitam decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que obriga o funcionamento em escala mínima de 50%,com pagamento de multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Porém, o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro) afirma não ter recebido nenhuma notificação e, por isso, não vai se posicionar a respeito da decisão. Já a BHTrans colocou reforço nas linhas dos coletivos nesta sexta para minimizar os problemas para a população com a greve do metrô. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Minas Gerais (STTR-BH) deixou em aberto a adesão de motoristas e cobradores ao movimento. Nas estações Barreiro, Diamante, Pampulha e Vilarinho manifestantes chegaram a impedir a saída dos ônibus, não permitindo que usuários ou motoristas entrem ou saiam dos locais. Na Pampulha, segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 50 manifestantes que impediam o fluxo na estação causaram tumulto. Pessoas idosas chegaram a passar mal no local. Regiane Pereira, de 32 anos, está desde 6 horas aguardando na estação Diamante para embarcar no ônibus 3050. Segundo ela, até ás 7 hora, os usuários estavam sendo obrigados a desembarcar fora da estação. "Eu vim na chuva a pé. Disseram que iam quebrar os ônibus", contou a doméstica. Coletivos cheios de passageiros aguardam na esperança da partida. Membros da União Geral de Trabalhadores (UGT) estão em peso na estação Vilarinho, onde os ônibus também estão impedidos de circular. Wesley dos Santos, 27, de Lagoa Santa, afirma que o protesto é necessário, porém a população não pode pagar o preço. "Se não tiver protestos como esse a coisa não muda. É desgastante passar por essa situação e viver tamanho transtorno, mas o país está reagindo aos absurdos de políticos que nossos parlamentares estão propondo", opinou. Passageiros vindos das cidades do vetor norte tiveram que compar passagem para o Move BH e não puderam usufruir da integração. Há muita reclamação. (Hoje em Dia)

Chuva

Os belo-horizontinos enfrentam uma manhã trânsito lento, chuva e temperaturas baixas nesta sexta-feira. Segundo e meteorologia, a população deve continuar alerta, pois o tempo vai continuar nublado, com chuva a qualquer hora do dia. A temperatura mínima registrada hoje foi de 14 graus e a máxima não deve ultrapassar os 23. Conforme meteorologista Heriberto dos Anjos, do Tempo Clima PUC-Minas, o volume de chuva na capital variou entre 7 e 10 milímetros, sendo que os maiores volumes foram registrados nas regionais Nordeste, Noroeste e Oeste. No sábado, ainda pode chover fraco na cidade, mas a tendência para domingo é de estiagem em BH e grande parte do estado, já que a frente fria que age na região vai avançar rapidamente para o oceano. As temperaturas tendem a ficar em declínio, principalmente na próxima semana na capital mineira e grande parte das regiões Central e Sul do estado. Nos próximos dias, a temperatura mínima em Belo Horizonte deve ficar na casa dos 12 e 13 graus nos locais mais altos. (Estado de Minas)

Lava Jato

A Justiça Federal de Curitiba abriu ontem a primeira ação civil da Operação Lava-Jato, por atos de improbidade administrativa da Engevix Engenharia e de sua holding Jackson Empreendimentos S/A. Também são responsabilizados o sócio da Engevix Gerson Almada, os diretores Carlos Albero, Newton Prado Junior e Luiz Roberto Pereira, além do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e delator Paulo Roberto Costa. A decisão da juíza Gisele Lemke, da 2ª vara cível, torna empresas e investigados réus no âmbito administrativo. Na frente criminal da Lava-Jato, a Odebrecht entregou ontem petição à Polícia Federal (PF) em que os advogados da empreiteira afirmam que ela "não participa de esquemas ilícitos" e nem paga "vantagens ilícitas a servidores públicos ou executivos" de estatais. A manifestação da Odebrecht foi resposta à iniciativa da PF, que em 11 de maio enviou ofício à construtora com questões sobre suspeitas de envolvimento de seus executivos em esquema de cartel e propinas na Petrobras. A Odebrecht já havia se colocado à disposição para esclarecimentos no caso Lava-Jato. A empreiteira foi apontada pelo Ministério Público Federal como líder de um esquema de cartel na estatal. A ação de improbidade aberta contra a Engevix também se refere à "formação de um cartel de empresas para a execução de obras contratadas pela Petrobras, em fraude à lei de licitações", com "pagamento de propina aos diretores da Petrobras". (Valor Online)

Economia

A economia brasileira recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro de 2014) . Nos três primeiros meses do ano, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em R$ 1,4 trilhão. Segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do primeiro trimestre deste ano caiu 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o PIB acumula queda de 0,9%. (Agência Brasil)

Fifa

Duas manifestantes palestinas interromperam nesta sexta-feira (29) por alguns instantes o 65º Congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que deverá escolher nesta sexta-feira um novo presidente e votar a possibilidade de expulsar Israel da organização. A escolha de um novo mandatário ocorre em meio a denúncias de corrupção e prisões de sete de seus dirigentes a pedido da Justiça dos Estados Unidos. Duas mulheres interromperam o discurso de abertura do presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostrando cartões vermelhos aos representantes do organismo, enquanto gritavam “Israel fora!”, antes de serem retiradas por seguranças. Cerca de 150 manifestantes pró-Palestina já tinham protestaram no exterior do Hallenstadion, local do congresso, antes do início dos trabalhos. A Palestina, membro da Fifa desde 1998, pede a expulsão de Israel, devido as restrições impostas à liberdade dos jogadores palestinos. Além disso, opõe-se à participação no campeonato israelense de cinco clubes localizados em colonatos na Cisjordânia. Para que Israel seja expulso da Fifa é necessária uma votação de uma maioria de dois terços. O suíço Joseph Blatter disputa o quinto mandato consecutivo, com o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein. (O Tempo)

CBF

A Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito para saber se o esquema de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, tem ramificação no Brasil. De acordo com o Ministério da Justiça, as investigações serão centralizadas na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vão se encontrar nos próximos dias para discutir detalhes do caso. O ministério informou que a PF abriria ontem (28) o inquérito sobre o assunto. Procurada pela reportagem, a Polícia Federal, por meio da assessoria, informou que não está se pronunciando ainda sobre o caso e não confirmou a abertura das investigações. As autoridades norte-americanas investigam a participação de dirigentes da Fifa e empresários em uma fraude na escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e Catar, em 2022). No Brasil, as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Foram presas, até o momento, 14 pessoas, entre eles sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. Todos foram indiciados por extorsão e corrupção pela Procuradoria de Nova York. (Agência Brasil)

Campanhas

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia que a aprovação de emenda que inclui o financiamento privado de campanha pelo Congresso pode inviabilizar parte de uma ação sobre o tema que está tramitando na Corte. "Se essas alterações para financiamento de campanha forem aprovadas, creio que inviabiliza somente o conteúdo da Adin que trata de financiamento de campanha, mas a ação como um todo é bem mais ampla", disse o ministro. A ação direta de inconstitucionalidade que questiona o modelo de financiamento privado de campanhas está parada no Supremo desde abril de 2014 por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. O magistrado já prometeu, contudo, que devolverá a ação para julgamento até o fim de junho. A aprovação em primeiro turno de uma emenda à Constituição que autoriza o financiamento privado pela Câmara dos Deputados levantou a discussão sobre se a ação que tramita no Supremo ainda terá validade. A emenda ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara e pelo crivo do Senado antes de entrar em vigência. (Estadão)