Fifa

A prisão na Suíça pelo FBI de José Maria Marin, presidente da CBF até o mês passado e atualmente um dos vices da entidade, juntamente com outros seis integrantes do Comitê Executivo da Fifa, é o pontapé inicial de um processo que pode provocar no futebol brasileiro a revolução que as CPIs da CBF/Nike e do Futebol, encerradas sem relatório final em 2001, não conseguiram, pela atuação dos cartolas dentro do Congresso Nacional, com a chamada “bancada da bola”. Uma das acusações das autoridades dos Estados Unidos é de que Marin recebia uma propina anual de R$ 2 milhões da empresa de marketing esportivo Traffic, responsável pelos direitos de TV e comerciais da Copa do Brasil. Ele dividia esse valor com mais dois dirigentes da cúpula da entidade, que não tiveram os nomes revelados. Além disso, o contrato da CBF com a Nike, também intermediado pela Traffic, tem irregularidades. Isso gera dúvida em relação aos outros acordos da entidade, que é a parte mais rica do futebol brasileiro, com faturamento de R$ 500 milhões no ano passado. Outro aspecto que não pode ser descartado é o fato de que a investigação da Justiça americana e do Ministério Público da Suíça, que ainda está no começo, aponta para a participação de empresas de comunicação do Brasil no esquema. Dependendo dos desdobramentos, pode ser provocada uma queda significativa naquela que é a maior receita dos clubes brasileiros, a venda dos direitos de televisionamento. (Hoje em Dia)

Bernardo

O pai do menino Bernardo Uglione Boldrini, assassinado em abril de 2014 na cidade gaúcha de Três Passos (RS), disse ontem, em depoimento à Justiça, que não participou da morte do filho, mas reconheceu que não foi um bom pai. Numa sessão que durou quase quatro horas, o médico Leandro Boldrini reclamou de estar preso e culpou a madrasta, Graciele Ugulini, e a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, pela morte da criança. pai do menino Bernardo Uglione Boldrini, assassinado em abril de 2014 na cidade gaúcha de Três Passos (RS), disse ontem, em depoimento à Justiça, que não participou da morte do filho, mas reconheceu que não foi um bom pai. Numa sessão que durou quase quatro horas, o médico Leandro Boldrini reclamou de estar preso e culpou a madrasta, Graciele Ugulini, e a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, pela morte da criança. Ao falar de Graciele, sua segunda mulher, disparou: %u2014 Ela me traiu. Ontem, a Justiça ouviu os quatro réus no processo sobre a morte do menino Bernardo. O depoimento do médico, acusado de tramar o assassinato do filho, foi das 10h às 13h50m. Em sua fala, Boldrini reclamou de sua prisão e alegou inocência. Disse que lamentava por seus erros e que estava há um ano "sobrevivendo" na cadeia. (O Globo)

Raupp

O ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF) Teori Zavascki, relator dos inquéritos sobre envolvimento de políticos no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava-Jato, determinou a quebra do sigilo telefônico do senador Valdir Raupp (PMDBRO). As informações vão instruir a apuração que tramita no STF. Também foi quebrado o sigilo telefônico de uma assessora dele, Maria Cleia Santos Oliveira, do doleiro Alberto Youssef e de dois executivos afastados da Construtora Queiroz Galvão, Othon Zanoite e Idelfonso Colares. Todos terão o sigilo quebrado no período entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010. Os dados foram pedidos pela Polícia Federal. Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concordou com o pedido. A decisão foi tomada no último dia 21, mas só foi divulgada ontem. Em depoimento prestado no acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que intermediou o pagamento de R$ 500 mil para a campanha de Raupp ao Senado em 2010. Segundo o doleiro, o valor teria saído da cota do PP e teria sido obtido por meio de contratos superfaturados da Petrobras. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, afirmou, em sua delação premiada, que "parte do dinheiro desviado e que fora acrescentado aos contratos da Petrobras foi repassado para a campanha do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) em 2010". Por esses motivos, o STF autorizou Janot a abrir inquérito para investigar o senador. (O Globo)

MP 664

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 27, a Medida Provisória 664, que restringe as regras de acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença. Por 50 votos a favor, 18 contra e três abstenções, os senadores mantiveram a proposta, incluída pela Câmara dos Deputados, que acrescentou a alternativa ao fator previdenciário. A segunda MP do ajuste fiscal aprovada pelo Senado segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff, que ainda não se manifestou publicamente se irá manter ou vetar a fórmula alternativa ao fator. O fator previdenciário atualmente em vigor reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres). O tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é de 35 anos para homens e de 30 para mulheres. Essa regra, que acaba por adiar a concessão de uma aposentadoria integral, foi criada em 1999 pelo governo Fernando Henrique Cardoso como forma de conter o crescimento acelerado dos gastos da Previdência Social. (Estado de Minas)

São Conrado

Morreu na madrugada desta quinta-feira, 28, o alemão Markus Muller, 51, vítima de queimaduras em consequência da explosão que destruiu o apartamento onde morava, em São Conrado, na zona sul do Rio, no último dia 18. Muller estava internado no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste. Com lesões em metade do corpo, ele não resistiu à gravidade dos ferimentos. Na quarta-feira, 27, a polícia concluiu que a explosão que destruiu no dia 18 parcialmente quatro apartamentos e provocou danos nos outros 72 do Edifício Canoas foi causada por erro na instalação de uma peça da rede de gás de cozinha do apartamento 1001. A principal hipótese é de que o reparo tenha sido feito pelo próprio Markus Muller. Os investigadores descartaram as hipóteses de tentativas de suicídio ou de homicídio. Imagens da câmera de segurança de um elevador mostram Muller, no dia anterior à explosão, com duas peças semelhantes ao rabicho mal instalado. Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (Icce), da Polícia Civil, o objeto, usado para ligar a tubulação a aparelhos domésticos, geralmente fogões, era novo. Uma fita colocada em sua base, que deveria estar danificada com o movimento de acoplagem à tubulação, estava praticamente intacta, conforme a perícia. (Estadão)

PF

Policiais militares realizam na manhã desta quinta-feira uma operação no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A corporação não passa detalhes, informa apenas que 120 militares cumprem 14 mandados de busca e apreensão. Cães farejadores ajudam os policiais na busca por drogas. A operação, segundo a PM, tem objetivo de dar tranquilidade à sociedade. (Rádio Itatiaia)

Saúde

A demora e a falta de infraestrutura e de pessoal são realidades no atendimento médico do país. No entanto, a falta de atenção e de cuidado dos médicos é uma reclamação que ganha cada vez mais voz entre os pacientes. A reportagem de O TEMPO visitou três unidades de saúde na região metropolitana de Belo Horizonte na última terça-feira e encontrou relatos de doentes que esperam quase dez horas por atendimento e, quando finalmente conseguem contato com um profissional, a consulta dura menos de cinco minutos, e não tem nenhum tipo de contato, nem mesmo visual, com o médico. “Eles nem olham no nosso rosto e não encostam na gente. Estou com dor abdominal, e o médico nem apertou para ver onde estava doendo”, se queixou a balconista Kátia Romana, 18, no Hospital Municipal de Ibirité. Na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, em Contagem, cerca de 60 pessoas aguardavam atendimento no início da noite. Entre elas estava o aposentado Adir Antônio Reis, 65. Suando, reclamando de dor e já aguardando por oito horas, ele se dizia desesperançoso. “Se eu for para outro lugar, também terei que esperar. Cheguei às 10h. As dores são na coluna e do lado direito (do abdômen), não aguento levantar o braço e não tem lugar para deitar. Eu acho que são os rins”. (O Tempo)

UMEI

Educadores infantis de Belo Horizonte prometem parar as atividades nesta quinta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública alega que estão sendo criadas cerca de 400 vagas para o cargo de auxiliar de educação para as Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis), sem concurso público ou qualquer exigência de magistério. Além da paralisação das atividades, a categoria promete ocupar o plenário da Câmara Municipal de BH nesta quinta. A Prefeitura de Belo Horizonte, responsável pela gestão das Umeis, alega que o objetivo é ampliar o quadro de profissionais para auxiliar o professor no atendimento de crianças de 0 a 2 anos. Além disso, informa que o processo seletivo incluiu várias etapas, como elaboração de textos, entrevistas e análise documental. (Rádio Itaitaia)


Superávit

O Estado de Minas Gerais teve superávit primário de R$ 2,322 bilhões no primeiro quadrimestre do ano, avanço de 125,2% em relação ao R$ 1,030 bilhão obtido ao final de 2014. O montante é decorrente de receitas primárias de R$ 24,478 bilhões e de despesas primárias de R$ 22,155 bilhões. Segundo o secretário da Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, o resultado teve influência de uma maior arrecadação de IPVA no período - alta de 12,4% ante os primeiros quatro meses de 2014 - e de Imposto de Renda Retido da Fonte (IRRF) - avanço de 35,2% na mesma base de comparação, além de despesas menores, com a liberação apenas de 80% do custeio e de paralisação de investimentos no período. "Sabemos que esse resultado não é o que ocorrerá ao longo do ano porque o Estado tem orçamento deficitário. Esse primeiro quadrimestre foi lento, porque estávamos conhecendo a real situação e em processo de aprovação do orçamento", declarou o secretário, em coletiva de imprensa para apresentação dos dados. O orçamento do Estado para 2015 prevê um déficit de R$ 7,273 bilhões para 2015 - a reversão do resultado negativo é prevista só em 2017. (Rádio Estado)